terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Você em mim...

E então eu descobri... que a felicidade não tem margens como os rios... que teus beijos saciam minha sede a exemplo do vinho... que teu corpo sacia meu desejo e minha fome de urso como o mel e as framboesas... descobri que a felicidade esta no toque, nas carícias, no acordar em poder abraçar teu corpo em silêncio... e que a cada dia esta felicidade cresce com o fermento do amor e que dois podem ser apenas um e se perpetuar no resultado da união dos corpos... eu que cheguei a acreditar que o amor fosse como as nuvens descubro que ele existe e é palpável tanto quanto as sereias, mas que só  o encontramos em silêncio absoluto e após uma luta espartana... e então como um coelho sai de uma cartola descobri que em você encontrei o melhor de mim  e com você quero ir até o fim... 

sábado, 17 de dezembro de 2016

O TEMPO

Ali, onde o tempo por um minuto parou em consideração... onde a vida escreveu com letras sofridas o destino de ambos... ali dois corpos unidos como tantas vezes antes se uniram... o mar que leva consigo a triste sina de testemunhar despedidas como essa não escapou e esperava pacientemente  o desenlace dos jovens que tantos sonhos formularam juntos, quantas sementes plantadas agora condenadas a secar e morrer. Ela o abraçava soluçando sem entender ou não querendo entender... como pode alguém selar o destino de duas pessoas... ele silencioso e rude mas com o coração partido apenas depositava seu braço por sobre o ombro da amada, não encontrava palavras, não sabia e também não entendia... a ampulheta esvaziava assim como a esperança dos jovens... ele morrerá pensava ela, que será de mim sem meu amor, amor que esperei todo este tempo, e assim que o encontro, parte... será de outro, pensava ele, tenho certeza e não posso evitar nem pedir a ela que não, seria egoísmo da minha parte, que seja feliz se assim quiser o destino... soa o apito... apertam-se as mãos... ela penetra por seus olhos tentando chegar ao fundo de sua alma e depositar seu amor... triste vida que nós da com a mesma mão que tira... triste sina que nos acompanha sem escolha... ele pega a mochila... ela chora cada vez mais e diz repetidamente que o ama... ele silencia, esta indefeso, sem saída, beija a testa da amada repetidamente e vai se afastando dizendo que a ama chorando... entra no navio acenando... e esta é a ultima lembrança que ela guarda... caminha com rosto voltado para o chão sem pensar... apenas chora... Porque nos fere assim o destino? Esperarei por ele... é meu amor... dele são meus beijos... a ele pertence meu espírito e meu corpo... assim como as ondas que vão ao fundo e retornam a praia, voltara ele também... esperarei... 

by  https://www.facebook.com/robson.lemes.90?fref=ts