quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

AMO-TE

AMO-TE

De que me serve as noites livres
Se não posso acordar em teus braços
Se não posso morder tua boca
Nem ouvir teus gemidos selvagens

De que me vale o doce do mel
Se não tenho teu corpo rijo
Teu cheiro inédito
E teu gosto de mulher madura

Não quero ser livre
Quero viver preso em teus braços
Que meu horizonte seja teus olhos
E que deles nunca me afaste

Amo-te como nunca amei
A ti meu corpo deseja
A mim me basta a ti

ROBSON LEMES

ÚLTIMO SUSPIRO

ÚLTIMO SUSPIRO

A ti ofereço meu último suspiro
Minha última lágrima silenciosa
Que busca teus lábios pra se despedir

A ti ofereço meu último abraço
Que mais tenho eu pra te oferecer
Além de meus lábios e as folhas do outono

A ti ofereço meus versos finais
Minha alma escrava do amor que me deste
Meu olhar de desejo, minha fome de amor


Ofereço por fim minha recordação
Das noites que um dia julguei não viver

Amor verdadeiro... que nem com a morte ele há de morrer

ROBSON LEMES https://www.facebook.com/robson.lemes.90?fref=ts

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Você em mim...

E então eu descobri... que a felicidade não tem margens como os rios... que teus beijos saciam minha sede a exemplo do vinho... que teu corpo sacia meu desejo e minha fome de urso como o mel e as framboesas... descobri que a felicidade esta no toque, nas carícias, no acordar em poder abraçar teu corpo em silêncio... e que a cada dia esta felicidade cresce com o fermento do amor e que dois podem ser apenas um e se perpetuar no resultado da união dos corpos... eu que cheguei a acreditar que o amor fosse como as nuvens descubro que ele existe e é palpável tanto quanto as sereias, mas que só  o encontramos em silêncio absoluto e após uma luta espartana... e então como um coelho sai de uma cartola descobri que em você encontrei o melhor de mim  e com você quero ir até o fim... 

sábado, 17 de dezembro de 2016

O TEMPO

Ali, onde o tempo por um minuto parou em consideração... onde a vida escreveu com letras sofridas o destino de ambos... ali dois corpos unidos como tantas vezes antes se uniram... o mar que leva consigo a triste sina de testemunhar despedidas como essa não escapou e esperava pacientemente  o desenlace dos jovens que tantos sonhos formularam juntos, quantas sementes plantadas agora condenadas a secar e morrer. Ela o abraçava soluçando sem entender ou não querendo entender... como pode alguém selar o destino de duas pessoas... ele silencioso e rude mas com o coração partido apenas depositava seu braço por sobre o ombro da amada, não encontrava palavras, não sabia e também não entendia... a ampulheta esvaziava assim como a esperança dos jovens... ele morrerá pensava ela, que será de mim sem meu amor, amor que esperei todo este tempo, e assim que o encontro, parte... será de outro, pensava ele, tenho certeza e não posso evitar nem pedir a ela que não, seria egoísmo da minha parte, que seja feliz se assim quiser o destino... soa o apito... apertam-se as mãos... ela penetra por seus olhos tentando chegar ao fundo de sua alma e depositar seu amor... triste vida que nós da com a mesma mão que tira... triste sina que nos acompanha sem escolha... ele pega a mochila... ela chora cada vez mais e diz repetidamente que o ama... ele silencia, esta indefeso, sem saída, beija a testa da amada repetidamente e vai se afastando dizendo que a ama chorando... entra no navio acenando... e esta é a ultima lembrança que ela guarda... caminha com rosto voltado para o chão sem pensar... apenas chora... Porque nos fere assim o destino? Esperarei por ele... é meu amor... dele são meus beijos... a ele pertence meu espírito e meu corpo... assim como as ondas que vão ao fundo e retornam a praia, voltara ele também... esperarei... 

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

NOITE

A noite se aproxima a passo de ganso, matreira, espiando o solitário, junto com ela a saudade, sorridente chega alisando meu ombro e cheirando minha nuca exposta enquanto leio minha obra prima- Zaratustra- Sinto sua presença e minha nuca toda se arrepia,  meu coração apertado, minha garganta seca e meus olhos firmam o olhar na janela em busca de uma saída que não existe. A saudade bandida morde meu coração com dentes afiados de lobo selvagem e aperta firme sem mastigar, somente aperta. Pensar que ela já esteve aqui ao meu lado e sua boca estava ao meu alcance parar beija-la a qualquer momento, que seu corpo estava aqui neste quarto escuro exalando seu cheiro de fêmea implorando para que a devorasse e agora só resta este  quarto cheirando a mogno, a noite e a saudade. Aperta maldita com força, até que pare de bater.
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domingo, 2 de outubro de 2016

FOME

Eu tinha fome, muita fome, sentia como se fosse desmaiar, enquanto meu estômago e meu ser urrava silenciosamente de fome. Então qual seria minha fome maior??? A fome de leitura, de sons, de comida, de sexo, de respirar, de sonhos, de gritar, de imaginar, de realizar meu desejos??? qual???  E depois de realizados estes desejos não seriam substituídos??? Não, não pode ser assim, minha fome há de ser eterna como a primavera. Eu tinha fome, muita fome de ser amado...
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